Devido à inadimplência recorde e ocupação em queda, o MEC estuda maneiras de mudança no financiamento estudantil.
Em abril, 61,5% dos contratos tinham parcelas atrasadas, considerado o maior índice da história. Já o número de novas adesões despencou: 733 mil em 2014 para 44 mil em 2024. O saldo devedor está em R$ 116 bilhões, enquanto a ocupação caiu de 82% para 39%.

MEC revela que muitos alunos desistem já na inscrição, quando se deparam com a coparticipação exigida durante o curso. Só o Fies Social cobre 100% da mensalidade.
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Governo estuda um modelo de pagamento proporcional à renda do recém-formado (8% a 13% do salário), além de ampliar renegociações de dívidas e incluir auxílios de moradia, transporte e alimentação no pacote, assim dividindo as responsabilidades com as faculdades, com o intuito de conter a crise.
O objetivo agora é incentivar cursos como licenciaturas e tecnologia, já que possuem alta demanda de mercado. O MEC avalia retomar o financiamento para o EAD em Enfermagem, mesmo após a proibição federal da modalidade.